Por: Rafael ramos (Instituto militar de engenharia - ime), Naiara Vieira Le Sénéchal (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME), Paulo Paiva Oliveira Leite Dyer (instituto de estudos avançados - ieav), Julianna Magalhães Garcia (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME), Danilo Abílio Corrêa Gonçalves (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME), Getúlio de Vasconcelos (INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS - IEAV), Andersan dos Santos Paula (INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME)
Resumo:
O aço ferramenta H13 é extensivamente utilizado pela indústria de ferramentas por manter boas propriedades em altas temperaturas, existindo processos estabelecidos para seu processamento, com etapas de conformação mecânica seguidas por tratamentos térmicos. Observa-se aumento no interesse em processar este material por técnicas de manufatura aditiva, pelo potencial desta reduzir tempos de fabricação, permitir o reparo e a geração de ferramental com formas complexas e sofisticada rede de canais de refrigeração. Entretanto, os produtos “como fabricados” por esta técnica apresentam microestrutura e propriedades não uniformes, dependentes da orientação das peças em relação a direção de construção, em virtude dos diferentes ciclos térmicos gerados pela sucessiva deposição de trilhas que refundem e reaquecem regiões adjacentes, além de gerar microestruturas fortemente orientadas na solidificação. Este trabalho objetivou caracterizar macrorregiões à esquerda, ao centro e à direita em amostra fabricada por L-DED (Deposição por Energia Direcionada a Laser), comparando-as com as micrografias registradas a partir das microscopias ótica (MO) e eletrônica de varredura (MEV), esta última associada à microanálise química elementar por espectroscopia de raios X por energia dispersiva (EDS), e ensaios de microdureza Vickers. Verificou-se que a nível macrográfico a amostra fabricado por L-DED apresentava-se com aspecto semelhante nas distintas regiões analisadas, porém sua microestrutura constava de alguma heterogeneidade entre zonas fundida/refundidas (estruturas celulares/dendríticas) e termicamente afetadas, destacando evidências de martensitas temperada/revenida, precipitação de carbonetos e indícios de presença de austenita retida, permitindo concluir pela necessidade de tratamentos térmicos posteriores para homogeneização microestrutural.