Por: Paulo victor Campos (SENAI - PA/ INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO EM TECNOLOGIAS MINERAIS), patricia magalhães pereira silva (SENAI - PA/ INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO EM TECNOLOGIAS MINERAIS), Julio Cesar Moreira Fornazier (SENAI - PA/ INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO EM TECNOLOGIAS MINERAIS), Rita de Kassia Silva do Nascimento (SENAI - PA/ INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO EM TECNOLOGIAS MINERAIS), Cassiane de Lima (SENAI-PA/ INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO EM TECNOLOGIAS MINERAIS), Andre Luiz Vilaça do Carmo (SENAI/ INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO EM TECNOLOGIAS MINERAIS), José Augusto Pires Bitencourt (vale/Instituto Tecnológico Vale), Adriano Reis Lucheta (SENAI/ INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO EM TECNOLOGIAS MINERAIS), Silvio Junio Ramos (), Debora Amato Lourenço Rossi ()
Resumo:
Diante das intensas alterações climáticas conduzidas principalmente pela elevada emissão de gases de efeito estufa (GEE’s), tecnologias para a captura e armazenamento de carbono vêm sendo altamente demandadas em todo o planeta. Dentre as tecnologias até então estudadas, tem-se a utilização de rochas basálticas como depósitos promissores para o sequestro de carbono, visto a sua alta reatividade com o CO2 e o potencial de armazenamento permanente de carbono sob a forma de carbonatos. Nesse contexto, tendo como princípio a economia circular, esse trabalho possuiu como objetivo realizar uma avaliação inicial do potencial de basaltos estéreis de mineração como uma fonte passível de carbonatação visando o sequestro de CO2 atmosférico. Para isso, foi realizada incialmente a caracterização química e mineralógica do pó de basalto proveniente da região de Carajás-PA. Uma modelagem matemática foi estabelecida visando-se obter o valor do potencial máximo teórico de captura de CO2 desse estéril. Além disso, foram realizados experimentos de carbonatação indireta do basalto com aceleração do intemperismo químico via reação com ácido sulfúrico e carbonatação com injeção de CO2 em semi-batelada. Dessa forma, foi possível observar que o basalto estudado apresentou um potencial teórico de captura de CO2 bastante significativo (0,22 t de CO2eq/t de basalto). O processo de lixiviação mostrou-se eficiente nas condições investigadas, tendo-se a liberação de Ca e Mg, principais elementos reativos com o CO2, na ordem de até 5000 mg/L. Também se observou, após o processo de carbonatação, a ligeira cristalização de fases carbonáticas como a dolomita (CaMg(CO3)2), indicando a capacidade do processo de carbonatação indireta do estéril.