Por: paulo anderson aranha ferreira (universidade federal do pará), Giovana zagalo de frança (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), rayanne oliveira leão santana (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), MIRIANE ALEXANDRINO PINHEIRO (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), VERÔnica scarpini candido (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), ALISSON CLAY RIOS DA SILVA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)
Resumo:
O concreto de cimento Portland configura o segundo material mais consumido no planeta terra, em decorrência do seu uso em edificações, pavimentação e estruturas. No entanto, o processo produtivo agregado para sua produção gera uma quantidade significativa de CO2, o que agrava o efeito estufa. Diante disso, engenheiros e cientistas de materiais pesquisam cimentos alternativos que possuem tecnologia verde em seu processamento e alto desempenho. Os geopolímeros são materiais cimentícios inorgânicos formados a partir de uma fonte de aluminossilicatos e uma solução alcalina. O que a partir das ligações Si-O-Al, apresentam alta resistência mecânica, durabilidade e retratabilidade. E podem ser produzidos com materiais residuais e argilosos de baixo custo energético. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a influência do comprimento de fibras curtas residuais de poliéster na resistência a compressão de geopolímeros a base de metacaulim com adição de escória de alto-forno. Para isso, foram utilizados metacaulim obtido a 850°C por 2h, 35% de escória de alto-forno, hidróxido de sódio, silicato de sódio e fibras de poliéster (PLE) residuais proveniente da indústria de pneus. Primeiramente foram moldados os corpos-de-prova do ensaio de resistência a compressão, com adição fixa de 0.5% de fibra de PLE, variando três comprimentos, 5, 10 e 15 mm. Após 7 dias de cura, os corpos-de-prova foram submetidos ao ensaio de resistência a compressão, bem como foram determinadas suas propriedades físicas de absorção de água e massa específica. Além disso, foram realizados a microscopia óptica (MO) de cada variação pós-ensaio. O cimento geopolimérico com a fibra de 5mm apresentou maior resistência a compressão, com 42,45 MPa, com as propriedades físicas similares aos encontrados na literatura. Ademais, notou-se, via microscopia óptica, que à medida que o comprimento da fibra é aumentado, há um maior ancoramento na matriz geopolimérica.