Por: SARAH GABRIELLY BRANDAO DE SOUZA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARá), PALOMA SUELLEN LIMA DE SOUSA (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ), Joelly Vera Nascimento (universidade federal do pará), Emily de Fátima Pinheiro Botelho (universidade federal do pará), Damares Da Cruz Barbosa Nascimento (universidade federal do pará), Verônica Scarpini Candido (universidade federal do pará), Alisson Clay Rios da Silva (universidade federal do pará)
Resumo:
Diante a necessidade de atender as demandas sustentáveis do mundo atual, os materiais compósitos tomaram frente no que se refere à substituição eficiente de materiais sintéticos e não renováveis. Isso se deu devido a possibilidade de engenheirar uma matriz, geralmente polimérica, a um reforço de fonte natural. As fibras vegetais são um exemplo claro disto, e empenham um papel de suma importância como reforço por conta de sua abundância, biodegradabilidade e boa relação peso/resistência. No Brasil, principalmente na região Amazônica, existem inúmeras fibras vegetais que se encaixam nesta aplicação, como o Curauá (Ananas erectifoluis), uma planta da família do abacaxi. Desta forma, o presente trabalho tem o intuito de realizar uma investigação a respeito das propriedades mecânicas dos materiais compósitos produzidos a partir de uma matriz polimérica e reforçado com frações volumétricas de 5, 10 e 15% de fibras de curauá comparados a sua matriz plena. Os corpos de provas produzidos seguiram as especificações das normas para tração, ASTM D638, e flexão, D790. Além de que, a partir dos resultados obtidos, houve o tratamento estatístico por análise de variância (ANOVA) e Tukey. Assim, foi possível observar que, para os corpos de prova de flexão, a adição de 15% de volume de fibra foi a mais eficiente em relação a matriz, agregando um valor de resistência média à flexão de 82,60 MPa. Para tração, a adição volumétrica de fibras foi eficiente como reforço desde a primeira fração, de 5%, escalonando até 15%, onde houve sua maior resistência média encontrada, de 56,40 MPa. Logo, é notável como estes compósitos reforçados com fibras de curauá possuem grande potencial como reforço e alternativa sustentável.
