Por: Ariana Silva Azeredo Cruz (uenf), Markssuel Teixeira Marvila (uenf), Afonso Rangel Garcez de Azevedo (uenf), José Alexandre Tostes Linhares Júnior (uenf), Lucas Reis Cruz (uenf), Geovana Carla Girondi Delaqua (uenf), Sergio Neves Monteiro (ime), Daiane Cecchin (uff), Jonas Alexandre (uenf), Carlos Maurício Fontes Vieira (uenf)
Resumo:
A indústria Ceramista é responsável pelo descarte inadequado de milhões de toneladas de resíduos, provenientes de falhas no seu processo produtivo, no meio ambiente. A fim de buscar uma alternativa de uso deste material, visando diminuir o impacto ambiental da produção cerâmica, este trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade técnica do uso de cinzas residuais de industrias cerâmicas em argamassas, como substituição parcial do Cimento Portland. Para isto, foram confeccionadas três argamassas no traço 1:1:6 (cimento: cal hidratada: areia), a primeira usada como referência, sem presença de resíduo, e por fim, argamassas utilizando 5 e 10% de cinzas residuais da produção cerâmica, respectivamente. As argamassas foram submetidas aos ensaios de Índice de Consistência, Retenção de Água e Densidade de Massa e Teor de Ar Incorporado, pelos quais foi constatado que a presença do resíduo contribui para o aumento da retenção de água da argamassa, bem como para o aumento da densidade e o decréscimo do teor de ar incorporado a mesma. Ademais, não representa danos a consistência, apesar de não promover melhora significativa desta característica. Foi possível, portanto, concluir que o uso de cinzas residuais da produção cerâmica como substituição parcial ao cimento Portland em argamassas não traz danos às propriedades físicas da argamassa no estado fresco.