Resumo:
A siderurgia brasileira gerou em 2019 aproximadamente 5,0 Mton de escórias via os conversores LD/BOF. Embora essas escórias sejam utilizadas pela engenharia civil, ainda existem sérias restrições ao seu uso, principalmente devido à expansão volumétrica ocasionada pelo CaO livre. Estudos de cura com água tem mostrado efetividade na redução do efeito negativo da cal livre. Este trabalho objetivou acompanhar, além dos fenômenos inerentes à cura do CaO, variações de pH das águas residuais da operação de umectação. Para tanto, utilizando amostras de uma usina siderúrgica, experiências de bancada foram planejadas, sendo preparadas duas pilhas de escória para os tratamentos de umectação, atendendo períodos não inferiores a 100 dias. As técnicas utilizadas para acompanhamento da passivação foram a análise química com etilenoglicol, Termogravimetria-TG e ICP-OES. Os resultados mostraram declínios significativos no teor da cal livre, de 11,67% para 0,36% no período estudado de 100 dias. A mesma tendência de queda foi observada nos valores de pH das águas residuais, os quais, para os dias zero e centésimo de teste, foram 12,57 e 10,65 respectivamente. Finalmente, buscou-se comparar os resultados do presente estudo com dados práticos existentes para situações “in situ”.