Por: nathália mello mascarenhas paixão (CEFET-MG), Maíza Souza Conrado (CEFET-MG), Wagner Sade (CEFET-MG), Marcelo ferreira (CEFET-MG)
Resumo:
A calandragem é um processo de conformação mecânica de grande relevância industrial, uma vez que peças calandradas – em geral, de eometria tubular – são aplicadas na construção de silos, estruturas de torres eólicas, encanamentos da construção civil, entre outros. Este trabalho se propôs a analisar a dureza e a microestrutura de peças calandradas dos aços SAE 1020 e SAE 1045, e qual o efeito de tratamentos térmicos sobre estas. A peça de aço de baixo carbono – SAE 1020 – foi recozida para alívio de tensões, enquanto a de médio carbono – SAE 1045 – foi temperada e revenida. A dureza das chapas foi medida e comparada em três momentos: antes da calandragem, após esta e após o tratamento térmico (TT). Da mesma forma, a microestrutura das chapas metálicas foi observada em Microscópio Ótico para estes três momentos distintos. Os resultados indicaram uma dureza maior para as chapas encruadas (logo após a calandragem) em relação às chapas no estágio inicial. O aço SAE 1045 apresentou a maior dureza após a têmpera e revenimento, enquanto que as amostras de aço SAE 1020 sofreram redução da dureza após o recozimento, em função do alívio de tensões e aumento do tamanho do grão. Conclui-se que a aplicação de têmpera e revenimento é conveniente para o aumento da resistência mecânica de peças de aço SAE 1045 calandradas. Em relação a chapa de baixo carbono, o recozimento promoveu alívio de tensões na medida em que causou uma significativa redução da dureza. Sendo assim, este TT mostra-se desvantajoso para o aço SAE
1020, uma vez que o alívio de tensões acompanha uma considerável queda da dureza, tornando
o aço inadequado para muitas aplicações.