Resumo:
Uma preocupação crescente a respeito do aquecimento global provocado por gases de efeito estufa para o meio ambiente motivam esforços de pesquisadores visando promover a aplicação de materiais naturais menos prejudiciais ao meio ambiente e melhorar a qualidade de vida em nosso planeta. Por essa razão o uso de fibras lignocelósicas aparece como uma alternativa para substituir as fibras sintéticas. Uma diversidade dessas fibras naturais já foi amplamente pesquisada como a juta, sisal, linho, cânhamo, algodão e muitas outras variedades de fibras e até aplicadas como reforço em compósitos empregados em componentes veiculares, por exemplo. No entanto, essas fibras apresentam certas desvantagens, uma em especial é relacionada à baixa estabilidade térmica, o que reflete em uma limitação dos compósitos. O presente trabalho foi dedicado a análise de uma fibra lignocelulósica cientificamente nova, conhecida como junco-sete-ilhas (Cyperus malaccensis Lam.) no Brasil, cujo cultivo é exclusivo na região do Vale do Ribeira em São Paulo. Visando conhecer seu comportamento em altas temperaturas da fibra natural, foi realizada uma análise de termogravimetria em compósitos reforçados com 10, 20 e 30% de fração volumétrica. Onde se observou uma temperatura de início de degração térmica de 256°C para a fibra de junco-sete-ilhas bem como uma faixa de 292 até 300°C para seus compósitos.