Resumo:
Como parte final da cadeia de produtiva do aço, o lingotamento contínuo expõe seus rolos a elevadas temperaturas de processos, fadigas térmicas/mecânicas, desgaste abrasivo, além de danos causados por processos de corrosão. Colapsos em rolos de lingotamento ocorrem a partir do surgimento de falhas como resultado da nucleação/propagação de pites e fissuras em zonas reaquecidas após processos de soldagem ou tratamento térmico. A corrosão por pites e em frestas são as mais frequentes e a dissolução anódica do metal é acelerada no interior das descontinuidades promovida pela presença do ácido fluorídrico (HF), que será formado a partir da reação do fluoreto de cálcio (CaF2), componente do fluxo de molde, material utilizado como lubrificante na etapa de resfriamento primário, e água em altas temperaturas. Os aços inoxidáveis martensíticos apresentam as propriedades necessárias para a aplicação e possuem boa viabilidade econômica, o que justifica a sua crescente utilização em aplicações que requerem alta resistência à corrosão, mecânica, ao desgaste. Assim, os mecanismos de corrosão dos aços AISI 414 e AISI 415, foram investigados a partir das técnicas eletroquímicas de monitoramento de potencial de circuito aberto e polarização potenciodinâmica com o objetivo de se estudar a influência da concentração de NaCl no comportamento corrosivo. Os resultados mostraram que para o AISI 414, os valores de OCP foram mais negativos e as curvas de polarização tenderam para diminuição de potenciais e aumento das densidades de corrente. Já para o AISI 415, os resultados mostraram valores de OCP crescentes e gráficos de polarização tendendo para potenciais mais positivos e menores densidades de corrente. Indicando, assim, que o AISI 415 apresenta maior resistência à corrosão quando comparado ao AISI 414.