Resumo:
Os limites de emissão de material particulado na indústria siderúrgica são definidos por legislação ambiental, normas das agências reguladoras e/ou por políticas ambientas da própria empresa, podendo chegar até 5 mg/Nm3. A implementação de equipamentos de despoeiramento para atender aos limites de emissão sempre é acompanhada de testes de performance, baseados em medições do tipo gravimétrico nas condições isocinéticas, que são utilizados para demonstrar o cumprimento das especificações do projeto, bem como para parametrização de sistemas de monitoramento contínuo. As medições baseadas em procedimentos definidos nas décadas de 1970 a 1990, apresentavam resultados questionáveis para níveis baixos de emissão de material particulado e, em consequência, na EU e nos EUA foram editadas recentemente metodologias específicas para este caso. Mesmo considerando que a execução de testes gravimétricos seja um procedimento bastante comum, quando da medição de baixos níveis de emissão de particulado, cuidados especiais são necessários para que as incertezas não invalidem o resultado, pois em alguns casos a reproducibilidade chegou a atingir aproximadamente 50% do valor medido. É nosso objetivo analisar os principais fatores que influenciam a repetibilidade de medição, e, baseado nas experiências reais, apresentar as práticas que precisam ser implementadas para aumentar a confiabilidade dos resultados.